Atenção que até já é notícia ;)
Eis o artigo que eu encontrei publicado numa edição do semanário regional de informação- Nordeste.
Frades baptizaram Fradizela
Envolta em solos férteis, a aldeia de Fradizela, no concelho de Mirandela, deve o seu nome aos frades que, em tempos, terão ocupado aquelas terras. Os principais marcos destes antepassados foram apagados pelos tempos, mas hoje ainda existem vestígios nalgumas casas, que poderão ter pertencido aos frades de Fradizela.
No centro da aldeia encontra-se uma casa de grandes dimensões, que já resiste há três séculos e continua a suscitar o interesse dos visitantes. A sua grandiosidade indicia que terá pertencido a gente abastada para a época em que foi construída. “A pedra nos beirais, os pilares trabalhados, bem como uma capelinha embutida numa parede, são indícios de que ali terá vivido gente nobre. Na parte de baixo também há vestígios de que poderá ter havido ali cavalariças”, conta o presidente da Junta de Freguesia de Fradizela, José Sousa.
O autarca lembra, ainda, que havia uma outra casa com uma arcada e uma cruz em pedra, mas estes marcos terão sido levados para outra aldeia, a troco das dívidas do proprietário.
Os romanos também terão passado por terras de Fradizela. A Ponte do Arquinho, que faz a travessia de uma ribeira, na estrada que liga Torre de D. Chama à Bouça, terá sido construída por aquele povo. Na aldeia encontra-se, ainda, uma fonte romana, datada de 1727. Nas proximidades da freguesia existem, ainda, duas fragas romanas, uma achatada e outra em forma de abóbora, que, actualmente, servem de abrigo aos proprietários dos terrenos situados naquela zona.
Reza, ainda, a história que foi D. Dinis que ordenou o repovoamento da freguesia, narrado nas Inquirições de 1290. O homem encarregado de fazer este repovoamento terá sido Pedro Fernandes, que se terá servido desse poder para seu proveito.
Fradizela vai ganhar clínica com especialidades para melhorar a qualidade de vida da população
Fradizela pertenceu ao concelho de Torre D. Chama até à sua extinção, em Outubro de 1855, passando depois a integrar o município de Mirandela.
Para a população, o património com mais significado é a igreja matriz, de estilo barroco, que terá sido construída em 1727. “O templo já sofreu obras profundas no exterior, há cerca de 3 anos. Agora estão a ser alvo de restauro os altares, faltando, apenas, o altar-mor”, salienta o autarca.
Os tempos mudaram e as tradições foram-se esvanecendo. “Antigamente, havia três fornos comunitários, mas perderam essa função”, afirma José Sousa.
Também Amália Figueira lembra os tempos em que se realizava a Festa do Ramo na época natalícia. “Eram encenados diversos episódios. Era muito bonito. Foi feito pela última vez há cerca de 10 anos”, recorda a habitante de Fradizela.
Com cerca de 300 habitantes na sede de freguesia e na anexa de Ribeirinha, esta terra é fértil, principalmente na produção de azeitona.
Para desenvolver a freguesia, José Sousa fala dos projectos que pretende levar a cabo durante o primeiro mandato na Junta de Freguesia de Fradizela. “Gostaríamos de avançar com um Centro de Dia, para, posteriormente, evoluir para um Lar. Também já temos garantias de que vai abrir aqui uma clínica, com um fisiatra, enfermagem permanente, consulta de podologia, nutricionista, um psicólogo clínico e análises clínicas.
Por: Teresa Batista
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sofia
Frades baptizaram Fradizela
Envolta em solos férteis, a aldeia de Fradizela, no concelho de Mirandela, deve o seu nome aos frades que, em tempos, terão ocupado aquelas terras. Os principais marcos destes antepassados foram apagados pelos tempos, mas hoje ainda existem vestígios nalgumas casas, que poderão ter pertencido aos frades de Fradizela.
No centro da aldeia encontra-se uma casa de grandes dimensões, que já resiste há três séculos e continua a suscitar o interesse dos visitantes. A sua grandiosidade indicia que terá pertencido a gente abastada para a época em que foi construída. “A pedra nos beirais, os pilares trabalhados, bem como uma capelinha embutida numa parede, são indícios de que ali terá vivido gente nobre. Na parte de baixo também há vestígios de que poderá ter havido ali cavalariças”, conta o presidente da Junta de Freguesia de Fradizela, José Sousa.
O autarca lembra, ainda, que havia uma outra casa com uma arcada e uma cruz em pedra, mas estes marcos terão sido levados para outra aldeia, a troco das dívidas do proprietário.
Os romanos também terão passado por terras de Fradizela. A Ponte do Arquinho, que faz a travessia de uma ribeira, na estrada que liga Torre de D. Chama à Bouça, terá sido construída por aquele povo. Na aldeia encontra-se, ainda, uma fonte romana, datada de 1727. Nas proximidades da freguesia existem, ainda, duas fragas romanas, uma achatada e outra em forma de abóbora, que, actualmente, servem de abrigo aos proprietários dos terrenos situados naquela zona.
Reza, ainda, a história que foi D. Dinis que ordenou o repovoamento da freguesia, narrado nas Inquirições de 1290. O homem encarregado de fazer este repovoamento terá sido Pedro Fernandes, que se terá servido desse poder para seu proveito.
Fradizela vai ganhar clínica com especialidades para melhorar a qualidade de vida da população
Fradizela pertenceu ao concelho de Torre D. Chama até à sua extinção, em Outubro de 1855, passando depois a integrar o município de Mirandela.
Para a população, o património com mais significado é a igreja matriz, de estilo barroco, que terá sido construída em 1727. “O templo já sofreu obras profundas no exterior, há cerca de 3 anos. Agora estão a ser alvo de restauro os altares, faltando, apenas, o altar-mor”, salienta o autarca.
Os tempos mudaram e as tradições foram-se esvanecendo. “Antigamente, havia três fornos comunitários, mas perderam essa função”, afirma José Sousa.
Também Amália Figueira lembra os tempos em que se realizava a Festa do Ramo na época natalícia. “Eram encenados diversos episódios. Era muito bonito. Foi feito pela última vez há cerca de 10 anos”, recorda a habitante de Fradizela.
Com cerca de 300 habitantes na sede de freguesia e na anexa de Ribeirinha, esta terra é fértil, principalmente na produção de azeitona.
Para desenvolver a freguesia, José Sousa fala dos projectos que pretende levar a cabo durante o primeiro mandato na Junta de Freguesia de Fradizela. “Gostaríamos de avançar com um Centro de Dia, para, posteriormente, evoluir para um Lar. Também já temos garantias de que vai abrir aqui uma clínica, com um fisiatra, enfermagem permanente, consulta de podologia, nutricionista, um psicólogo clínico e análises clínicas.
Por: Teresa Batista
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sofia
6 Comments:
At 4:42 da tarde, cláudia said…
muito bom! obrigada por teres partilhado :)
bjo
At 1:55 da tarde, Ana Fradizela said…
Ola, o meu nome é Ana Fradizela e à já algum tempo que me questionava da verdadeira origem do nome. :) No Verão vou tentar passar aí para conhecer aquela que me parece ser uma calorosa terra..
beijo
At 5:47 da tarde, Liana said…
Estou fazendo uma pesquisa sobre a produção de azeite em Fradizela, no início do século XX (1900 a 1950).
Alguém poderia me informar sobre ela?
Grata,
Virginia (vkistmann@ufpr.br)
At 6:24 da tarde, Ângela said…
Fogo inda não tinha visto...arrepiei-me toda..inda tou...muito bom bjnhux
At 1:29 da tarde, Anónimo said…
Há jà bastante tempo que não vejo qualquer comentário/opinião novo; é pena pois a inclusão regular dete tipo de peças, para além de poder dar a conhecer a terceiros a nossa aldeia, poderia ainda estreitar laços de amizade netre os naturais da terra, nomeadamente aqueles que residem noutros pontos do País ou do Estrangeiro.
Vamos ver se estas poucas palavras que aqui deixo poderão contribuir para tanto. assim espero.
Apresento-me:
Sou natural da Fradizela mas desde os meus 9/10 anos que tenho estado fora, embora lá vá regularmente.
Já tenho uma idade simpática e lembro-me muitas vezes de variadíssimas hiostórias que aí vivi. Cito algumas a título de exemplo e para que os mais novos tenham a noção das transformções operadas nos últimos 30/40anos.
Nos anos 60/70 não havia ainda sequer um café; apenas três mercearias; a do Sr. Artur Alves (já falecido há muito tempo), a do Sr. Amadeu (julgo que ainda vive em Lisboa) e a do Sr. Chico Palas (também já falecido). Só bastante mais tarde aparece o primeiro café (anos 70 início?) na antiga mercearia do Sr. Artur e aberto pelo seu filho Sr. Manuel Alves. Durante vários anos este foi o único café da aldeia. Como é natural há muitas histórias e pedripécias aí passadas.
Não resisto a contar esta. Penso que por alturas do Natal, a RTP transmitiu em directo uma ópera muito conhecida - O Barbeiro de Sevilha. Como todos imaginam este era um tipo de música completamente desconhecido da maioria dos nossos conterrâneos da época. Apesar disso e durante toda a transmissão, com a sala cheia,pairou um silêncio absoluto, sendo notória a atenção que todos davam à transmissão.
Inacreditável não acham?
Por hoje fico-me por aqui.
Dentro em breve cá estrei novamente.
Um snato Natal para todos e um 2013 cheio de benesses.
At 9:17 da tarde, Anónimo said…
A propósito de histórias vividas no primeiro e único café que, no inicio dos anos setenta, existia na Fradizela, " Café do Alves", vou contar também uma das muitas que vivi. Era o ano de 1973, dia da festa da aldeia, depois de tomar café, perguntou ao Sr. Alves - tem Whisky? Não, os iscos já acabaram, respondeu o Sr. Alves.
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